Fernando Jorge - Arquiteto

As culturas Arquitetónicas têm dificuldade no acesso ao grande público, remetendo-se para um discurso (?...) hermético entre profissionais. O debate arquitetónico precisa de se exercer num registo plural, não apenas no interior da disciplina da Arquitetura, mas também na relação com a Sociedade.É com esta intenção, que pretendo disponibilizar-me, incondicionalmente, para o debate, em prol de uma sociedade mais esclarecida no âmbito de uma cultura arquitetónica (projeto e edificação) mais abrangente.
Use este "espaço" para o debate sobre questões ligadas à arquitetura e ao processo construtivo.

OBRAS RECENTES - 2012

Edificio para a cidade de Luanda - Angola, em parceria com a MD Arquitectura, sediada em Luanda ( Arq. Ricardo Dias)

Um edifício não deverá estar só sujeito a interpretações formalísticas e estéticas, deverá antes, ser também objeto de interpretação, através do binómio entre o historicismo humano e os próprios conceitos de vida de um povo.

O mar, o barco, os diamantes, a terra, enfatizam fisiopsicológicamente por um lado o sentido de liberdade, por outro, a própria sobrevivência do povo angolano.

O edifício, aborda essa analogia, pretendendo assim, converter-se num “monumento” representativo desse esforço coletivo.

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"Antes de arquitecto, o arquitecto é Homem, e Homem que utiliza a sua profissão como instrumento em benefício dos outros Homens, da sociedade a que pertence"
In Fernando Távora

Fotografar arquitetura não é obra de um só autor, mas antes um processo de conjugação entre a linha de conceção do arquiteto e a linha de perspetiva do fotógrafo. Isoladamente ou em paralelo o objetivo é produzir “harmonia”, em cada momento. Fotografar as obras arquitetónicas do Fernando Jorge afigura-se sempre como um grande desafio. Cada obra apresenta-se como singular, pois é realçada pelo encanto e a beleza de cada linha, numa conjugação extraordinariamente coerente, harmoniosa e peculiar.
Em cada obra existe sempre uma linha que nos marca!
Carlos Dias

Uma recuperação, exige do Arquiteto que a realiza, uma atitude deontológica para com o seu autor original: Respeito!
A obra em termos formais, só expressa a sua validade, quando a intervenção se "confunde" com a ideia original.
Em termos funcionais, o Arquiteto poderá dar expressão à sua ideia sem colidir temporalmente com o passado, antes pelo contrário, deverá afirmar cada uma das gerações intervenientes no processo.
Os próprios materiais aplicados, por si só, deverão a ajudar a afirmar essa temporalidade.

O mobiliário a integrar numa unidade habitacional, normalmente, "foge" ao controle do arquiteto.
Constituem opções pessoais de cada pessoa, contudo, a preocupação ao projetar-se um determinado espaço, deverá imaginar-se a sua disposição e escala.
Quando, ao arquiteto lhe é encomendada essa tarefa, a sua atitude vai no sentido de desenvolver peças que não "perturbem" espacialmente, antes , se afirmem como elementos de composição complementares à própria arquitetura.
O "gozo" do arquiteto, reside essencialmente na execução da obra completa, mesmo quando se trata de obra urbana.

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